Schopenhauer dizia que o amor, nada mais era que uma tática ou instrumento utilizado pela natureza para nos fazer reproduzir. Sabe-se que todos os animais se reproduzem, entretanto, ele dizia que os seres humanos com toda a sua racionalidade, precisam de motivos e desculpas para fazer algo simples como reproduzir-se. Sendo assim, o amor, esse visto em filmes e novelas. Esse que muitos sonham em sentir, nada mais é que um artifício da natureza para garantir a sobrevivência da espécie. Um exemplo disso é que muitas pessoas dizem "amar" alguém, mas quando tem chance traem seus parceiros. A justificativa para esse amor, o porquê, segundo o filósofo, seria pelo simples fato que os seres humanos são muito egoístas, egocêntricos. Se não houvesse algo para nos aproximar, talvez não teríamos conseguido perpetuar a espécie. É interessante ressaltar que ele via o amor, como nem um outro. Pois ele acreditava que o amor tinha "prazo de validade". Que o sentimento dura em média 7 anos, tempo em que os pais poderiam ter filhos e criá-los até poderem falar e ficar de pé. Acreditava também que o casamento era uma instituição falida, já que com o tempo o amor de um casal se esvaiam, e o que restava era o carinho e cumplicidade que um parceiro tinha pela outro.
Outro ponto levantado pelo filósofo era que a escolha dos parceiros não é algo aleatório. Nós procuramos nos outros características diferentes das nossas, uma vez que estas poderão ser passadas para os nossos descendentes. Um exemplo claro disso, é que homens brancos tendem a sentir atração por mulheres negras e vice-versa. Ainda falando sobre o ciclo reprodutivo, quando o mesmo acaba e não podemos mais reproduzir, Schopenhauer achava que teríamos perdido a utilidade. Isso foi embasado em um comparativo feito com os jovens, uma vez que quando uma criança se corta, seu ferimento fecha em poucos dias. Enquanto quando acontece a mesma coisa com uma pessoa mais velha a recuperação é mais lenta. Para reforçar essa teoria, basta observar que os jovens também tem a musculatura mais desenvolvida e ossos fortes, o que facilita a reprodução.
Por último e não menos importante, a questão da felicidade situar-se entre o amor e a amizade. Schopenhauer dizia que quando tem-se apenas um dos lados da moeda, você não terá uma relação feliz. Uma vez que só sexo não mantém duas pessoas juntas, pois a relação é carnal, vazia. Em contrapartida, amizade sem sexo também não faz sentido em um relacionamento, visto que, se não há desejo entre os duas pessoas, é interessante que essas sejam apenas amigos. Ele acreditava que o meio termo entre amor, enquanto desejo, e amizade, seriam a chave para um relacionamento feliz.
Esse texto foi redigido no dia 15 de fevereiro de 2013.