Às vezes, só às
vezes, as coisas poderiam ser fáceis
Como peças de
um tabuleiro de xadrez
Pequenas,
simples e maleáveis
Poderíamos
fazer uma jogada de cada vez
Assim, sem
trapaça, sem corredores para se esconder
Cara a cara,
abertamente, onde todos possam ver
Queria que
todas as palavras ditas fossem verdadeiras
Que amar muito
alguém não fosse doideira
Às vezes, só
às vezes, queria viver no meu mundinho
Queria voltar
a ser criança, fazer guerra de chumbinho
Era tão
bom... Pena que já passou
Como um
pássaro, bateu asas e voou
Mas, as
coisas mudam
As crianças
crescem
Os pais
envelhecem
E as
lágrimas enxugam
Às vezes,
só às vezes, queria poder voltar no tempo
Refazer os
passos dados
Dos meus
pecados ser isento
Fazer apenas
o esperado
Às vezes,
só às vezes, eu queria que tudo fosse exatamente como é agora
Porque não
tomei decisões precipitadas
Pensei em
tudo que fiz outrora
Às vezes,
só às vezes, eu não mudaria absolutamente nada!