terça-feira, 27 de março de 2018

Se a sorte lhe sorriu, porque não sorrir de volta

Depois de todo esse tempo, achei que ele não daria mais sinal de vida. Ah, meu velho amigo! Parece mágica, mas não há coelhos ou cartolas. Em vez disso, o sorriso doce de fada, a voz macia que envolve e conforta, o olhar fixo que me leva para o seu mundo.
Sinto aquele frio na barriga de marinheiro de primeira viagem, voltei aos 15 anos? A voz vacila ao falar o que está claro como o sol da primavera. Parece ser bem mais fácil nos filmes, não é mesmo? Queria ser aquele "Eu" de outrora. Ele não tinha medo de gritar aos quatro ventos o que sentia. As feridas se foram, e as cicatrizes me lembram todos os dias a dualidade do que chamam os poetas de "amor". Será ele batendo a minha porta uma vez mais? Se assim for, irei recebê-lo como se fosse a primeira vez. Talvez assim ele não vá embora...