Depois de todo esse tempo, achei que ele não daria mais sinal de vida. Ah, meu velho amigo! Parece mágica, mas não há coelhos ou cartolas. Em vez disso, o sorriso doce de fada, a voz macia que envolve e conforta, o olhar fixo que me leva para o seu mundo.
Sinto aquele frio na barriga de marinheiro de primeira viagem, voltei aos 15 anos? A voz vacila ao falar o que está claro como o sol da primavera. Parece ser bem mais fácil nos filmes, não é mesmo? Queria ser aquele "Eu" de outrora. Ele não tinha medo de gritar aos quatro ventos o que sentia. As feridas se foram, e as cicatrizes me lembram todos os dias a dualidade do que chamam os poetas de "amor". Será ele batendo a minha porta uma vez mais? Se assim for, irei recebê-lo como se fosse a primeira vez. Talvez assim ele não vá embora...
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