terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Vivendo e Aprendendo


      E são esses “quases”, que acabam me derrubando às vezes. Não foi a primeira, nem será a última vez que isso acontece comigo. E como em todas as outras vezes, vou levantar a cabeça, olhar para frente e pensar positivo. Cada vez que caio, me levanto mais obstinado. Cada vez que perco, lembro do que fiz de errado e tento melhorar. Cada vez que não dá certo, eu lembro que já aconteceu uma vez e pode acontecer de novo.
      Acho que o importante na vida é aprender, com os acertos, já que os bons resultados quando repetidos, são gratificantes. Não esquecendo dos erros, esses sim, tem muito a ensinar. Uma vez me questionava: “Quando alguém é o melhor do mundo é alguma coisa, como ele pode melhorar?” Afinal, quando fazemos tudo certo, ou quase tudo certo, não nos prendemos aos pequenos erros, eles passam despercebidos. A questão é: “Sempre há algo para melhorar, pode ser que você não veja, pois está cego com o brilho da vitória, mas que existe, existe!”
      Alguém me disse uma vez, que, você pode perder por qualquer motivo, menos por falta de esforço e vontade de vencer. Concordo com esse ponto de vista, já que, senti na pele o gosto amargo da derrota, depois de incessantes tentativas de virar o jogo. “Sim, lembro bem daqueles tempos em que o sol em consonância com o calor, eram meus piores inimigos. Aquela quadra vermelha, o silêncio que pairava no ar... rompido apenas pelo barulho da bola, passando de um lado para o outro da quadra. Eu tinha 13 anos, e o que mais queria era ganhar um torneio de tênis. Simplório meu sonho, não? Hoje eu também acho, todavia, naquela época, nada me faria mais feliz. Tempos bons, tranquilos, minha única preocupação era melhorar, aprimorar meus golpes a fim de chegar nas finais de algum torneio. Eis que tive minha chance, meu primeiro torneio, eu era um pirralho no meio daqueles marmanjos. Acha que fiquei com medo? Nem um pouco. Jogo a jogo, derrotei adversários que tinham o dobro da minha idade e bem mais tempo no tênis. Ajuda? Tive, em vários momentos, me vi perdido, queria desistir, mas eu olhava para o lado e via pessoas que estavam lá, gritando meu nome... Se eu pudesse agradecer a cada uma delas, agradeceria de coração. Por fim, cheguei em uma final, meu adversário estava acompanhado pelo seu filho, que também jogava tênis. As primeiras bolas, foram fáceis, suaves. Os primeiro pontos? Nem tiveram graça, eu estava confiante! Entretanto, depois do intervalo entre os games, meu adversário mudou o jogo, foi aconselhado pelo seu filho. Em pouco tempo, me vi perdido, as bolas não eram as mesmas, não conseguia impor o meu jogo, e pouco a pouco, fui derrotado. Fiz de tudo que sabia, inventei, inovei, mas a cada erro, o braço ficava mais retraído, não tinha mais forças para correr ou bater na bola. No final do jogo, apertamos as mãos, e como a muito não fazia, chorei como um garotinho. Hoje em dia é gozado lembrar, algo tão besta, mas que significava tanto pra mim. Perdi, admito que perdi. Não para o meu adversário, perdi para mim mesmo, essa é a verdade. Perdi, mas ninguém pode dizer que foi por falta de esforço.” 




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