terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Finalmente 18


   Caramba, achei que nunca chegaria, mas chegou. E como chegou! Todos aqueles dias pensando em como seria, o que eu faria quando tivesse meus 18 anos... agora já não sei mais se essa é a idade dos sonhos. Sim, é muito legal poder entrar nos lugares mais badalados, curtir com a galera até a hora que eu quiser, poder tirar carteira de motorista e até beber em qualquer lugar. Aí vem o dilema: “ De que vale tudo isso, “poder” fazer muitas coisas, se a verdadeira razão não está em poder e sim em “escolher”.” É como ter todas as peças de um quebra-cabeças e não saber como encaixá-las. De nada vale ter dinheiro se não souber com o que gastar, de nada vale ter uma casa ou um carro, sem alguém para compartilhar.
Só o que tenho em mente agora são dúvidas, problemas, e o peso, o enorme peso da responsabilidade. Sabe, aquela vozinha que fala para você não fazer algo? Bom, a partir de hoje passarei a ouvi-la mais vezes. Porque não é tão fácil quanto antes, cada decisão tem um peso, uma consequência. A razão tem que se sobressair em relação à vontade, ao desejo.
Me pego pensando na vida, em tudo que fiz, nas pessoas que deixei para trás, nos caminhos que já percorri, nas vezes que sorri, nas paixões que vivi... em tudo. Acho que sempre tem algo para melhorar, mas se tivesse que fazer... faria tudo de novo e de novo! Mesmo que às vezes, só às vezes eu não tenha certeza do que estou fazendo, ou ao menos saiba o motivo pelo qual estou fazendo, o importante é que estou fazendo. Estou fazendo e ainda farei coisas, sejam elas boas ou ruins, serão realizações, conquistas minhas e de mais ninguém, dane-se o mundo!
E nesses “achos”, nesses “sei lá”, é que eu vou escrevendo a minha história, guardando cada momento na memória. Como diria Charlie Brown: “ Histórias, nossas histórias, dias de lutas, dias de glória.” E daqui para frente, bem como olhando para trás, eu escreverei as minhas novas histórias, terei os meus dias, os meus momentos e poderei agradecer por tudo que terei e que tenho, visto que, já tenho um sorriso no rosto que demonstra nada mais que uma satisfação notória.
A diferença está entre os que existem e os que vivem. Existir é fácil,afinal você é mais um nesse “mundão”. Mas viver... viver é valorizar cada momento, cada risada, cada abraço, cada beijo, cada vez que você come ou ouve algo bonito, porque ouvir, falar, ver e respirar bem, já são motivos suficientes para você ser feliz. E se não bastar, você faz loucuras, conhece os extremos, mergulha nos sentimentos mais inebriantes, vive histórias fascinantes. Viver é isso, é dar valor ao que Deus te deu, e aproveitar, ser feliz independente de cor, raça, religião, classe social. Quanto mais simples, mais especial, ser feliz meu paciente leitor, e essencial. “Eu vivo... sou feliz, e você o que me diz?”



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