Finalmente 18
   Caramba, achei que
nunca chegaria, mas chegou. E como chegou! Todos aqueles dias
pensando em como seria, o que eu faria quando tivesse meus 18 anos...
agora já não sei mais se essa é a idade dos sonhos. Sim, é muito
legal poder entrar nos lugares mais badalados, curtir com a galera
até a hora que eu quiser, poder tirar carteira de motorista e até
beber em qualquer lugar. Aí vem o dilema: “ De que vale tudo isso,
“poder” fazer muitas coisas, se a verdadeira razão não está em
poder e sim em “escolher”.” É como ter todas as peças de um
quebra-cabeças e não saber como encaixá-las. De nada vale ter
dinheiro se não souber com o que gastar, de nada vale ter uma casa
ou um carro, sem alguém para compartilhar.
 
    Só o que tenho em
mente agora são dúvidas, problemas, e o peso, o enorme peso da
responsabilidade. Sabe, aquela vozinha que fala para você não fazer
algo? Bom, a partir de hoje passarei a ouvi-la mais vezes. Porque não
é tão fácil quanto antes, cada decisão tem um peso, uma
consequência. A razão tem que se sobressair em relação à
vontade, ao desejo.
 
    Me pego pensando na
vida, em tudo que fiz, nas pessoas que deixei para trás, nos
caminhos que já percorri, nas vezes que sorri, nas paixões que
vivi... em tudo. Acho que sempre tem algo para melhorar, mas se
tivesse que fazer... faria tudo de novo e de novo! Mesmo que às
vezes, só às vezes eu não tenha certeza do que estou fazendo, ou
ao menos saiba o motivo pelo qual estou fazendo, o importante é que
estou fazendo. Estou fazendo e ainda farei coisas, sejam elas boas ou
ruins, serão realizações, conquistas minhas e de mais ninguém,
dane-se o mundo!
   E nesses “achos”,
nesses “sei lá”, é que eu vou escrevendo a minha história,
guardando cada momento na memória. Como diria Charlie Brown: “
Histórias, nossas histórias, dias de lutas, dias de glória.” E
daqui para frente, bem como olhando para trás, eu escreverei as
minhas novas histórias, terei os meus dias, os meus momentos e
poderei agradecer por tudo que terei e que tenho, visto que, já
tenho um sorriso no rosto que demonstra nada mais que uma satisfação
notória.
 
   A diferença está
entre os que existem e os que vivem. Existir é fácil,afinal você é
mais um nesse “mundão”. Mas viver... viver é valorizar cada
momento, cada risada, cada abraço, cada beijo, cada vez que você
come ou ouve algo bonito, porque ouvir, falar, ver e respirar bem, já
são motivos suficientes para você ser feliz. E se não bastar, você
faz loucuras, conhece os extremos, mergulha nos sentimentos mais
inebriantes, vive histórias fascinantes. Viver é isso, é dar valor
ao que Deus te deu, e aproveitar, ser feliz independente de cor,
raça, religião, classe social. Quanto mais simples, mais especial,
ser feliz meu paciente leitor, e essencial. “Eu vivo... sou feliz,
e você o que me diz?”

 
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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